Radio Fusion

sexta-feira, 27 de julho de 2012


Eletrizante: essa é a palavra para definir o jogo entre Náutico e Coritiba, na noite desta quarta-feira, pela 12ª rodada do Brasileirão. Mesmo jogando nos Aflitos, o Coxa bateu o Alvirrubro por 4 a 3, em uma virada espetácular. Frustração para os 12.663 que compareceram ao estádio. Souza, Kieza e Rico marcaram para o Timbu, e Robinho, Leonardo (duas vezes) e Pereira fizeram os gols do Alviverde.
Com a vitória, o Coritiba pulou para a 14ª posição, com 12 pontos. Já o Náutico segue em 12º, mas agora com a companhia do arquirrival Sport, com os mesmos 13 pontos.
- Tentamos, mas não conseguimos o resultado que gostaríamos. É uma derrota que dói, mas temos que ter tranquilidade para dar continuidade no trabalho - justificou o zagueiro Ronaldo Alves, do Náutico.- Nosso time gosta de emoção. Foi bom porque vencemos e desse jeito - disse o meio-campo Lincoln, do Coritiba.
Na próxima rodada, o Náutico enfrenta a Portuguesa, no Canindé. O jogo será realizado no domingo, às 18h30m (de Brasília). O Coritiba recebe o Grêmio, um dia antes, também às 18h30m, no Couto Pereira.
Souza marcou o primeiro do Náutico em cima do Coriiba (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Três gols em quatro minutos
Logo aos dois minutos, Robinho recebeu na esquerda, invadiu a área do Náutico e cruzou para Leonardo, que mandou de letra para a defesa de Felipe. Na jogada, o zagueiro Jean Rolt, do Náutico, acabou levando a pior, machucando o tornozelo esquerdo e deixando para a entrada de Márcio Rosário. Pelo lado esquerdo, o Coritiba ia encontrando o caminho para chegar ao gol do Timbu: aos nove minutos, Ronaldo Alves falhou, e Leonardo entrou na área e bateu forte de perna esquerda, mas o zagueiro alvirrubro conseguiu se recuperar a tempo e salvou o Náutico.
O Timbu encontrava dificuldades para chegar ao ataque, mas quando o fez, foi de forma impiedosa. Aos 13 minutos, Lúcio cobrou escanteio, e Souza, sozinho, pegou de primeira para estufar as redes de Wanderley. Mas a resposta do Coxa doi imediata. Dois minutos depois, Everton Costa fez lindo lançamento para Robinho, que ganhou na velocidade para Márcio Rosário e bateu na saída de Felipe, deixando tudo igual: 1 a 1.
Muitos torcedores alviverdes ainda comemoravam quando, aos 17 minutos, Rhayner recebeu na entrada da área e tocou de calcanhar para Kieza, que mandou um balaço sem chances para Vanderlei, botando o Náutico novamente na frente: 2 a 1.
Na base da velocidade, as duas equipes partiam ao ataque. Aos 26 minutos, Souza soltou a bomba na cobrança de falta, e a bola explodiu no travessão do Coritiba. Logo depois, Leonardo recebeu novamente livre dentro da área, driblou Felipe, mas acabou perdendo o ângulo e desperdiçando uma excelente oportunidade para o Coxa.
Aos 37, linda jogada dos paranaenses: Robinho fez o passe para Sérgio Manoel, que passou para Júnior Urso, que se livrou de Lúcio, mas bateu prensado com a defesa alvirrubra. O primeiro tempo terminou mesmo com o Náutico em vantagem.
Defesaça do lateral, e reação sensacional do Coxa
Atrás do placar, o técnico Marcelo Oliveira mexeu no intervalo. Lincoln entrou na vaga de Júnior Urso. Mas quem brilhou foi Leonardo. A um minuto da segunda etapa, o atacante do Coxa recebeu de Ayrton, avançou com a bola dominada e mandou de fora da área para marcar um golaço e deixar tudo igual mais uma vez. O Náutico teve a chance de reassumir a liderança do placar um minuto depois quando Araújo chutou cruzado, e Rhayner não aproveitou para escorar pro gol. No ataque seguinte, Kieza recebeu livre dentro da área do Coxa, mas acabou finalizando para fora.
Coritiba comemorando nos Aflitos (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Aos dez, escanteio para o Coxa, Leonardo subiu mais alto que a defesa alvirrubra e mandou no ângulo. A bola ia entrar, mas o lateral-direito Alessandro evitou o gol metendo a mão na bola. Pênalti marcado e cartão vermelho para o jogador do Náutico. Na cobrança, Leonardo bateu como manda o figurino e virou o jogo para o Coritiba: 3 a 2.
Sendo derrotado em casa, o técnico Alexandre Gallo promoveu duas alterações no Náutico. O apagado Araújo deu lugar a João Paulo e Ramires saiu para a vaga do atacante Rico. Aos 22, Souza tentou mais uma vez de falta e novamente a bola levou muito perigo à meta de Vanderlei. O jogo seguia bastante equilibrado, o Coritiba teve a chance de chegar ao quarto gol depois que Felipe saiu mal do gol, mas Leonardo não aproveitou.
Kieza recebendo a marcação do zagueiro Pereira, do Coritiba (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

Nos 27 minutos, Marcelo Oliveira fez a segunda mudança no Coxa sacando Leonardo e colocando Roberto.Três minutos depois, a terceira e última mudança com Jonas assumindo a vaga de Ayrton. Aos 31, Robinho deixou Lincoln cara a cara com Felipe, mas o goleiro alvirrubro fez grande defesa e salvou o Timbu mandando para escanteio.
Na cobrança, a zaga do Náutico voltou a falhar e Pereira subiu para testar para a redes, quarto gol do campeão brasileiro de 1985. Mesmo com um a menos, o Náutico se mandou ao ataque e chegou a diminuir o placar aos 40 minutos, quando Rico recebeu o cruzamento, girou e mandou no canto de Vanderlei. Primeiro gol do atacante com a camisa alvirrubra, mas não houve tempo para a reação. Segunda derrota do Náutico em casa e recuperação do Coxa, que vinha de cinco jogos sem vitória.

Atletico - MG 2 x 0 Santos


Quando a fase é boa, até polêmicas e erros de arbitragem são superados. O Atlético-MG venceu o Santos por 2 a 0, na noite desta quinta, no Independência, não precisou dos dois gols anulados por impedimentos polêmicos durante a partida e voltou à liderança isolada do Campeonato Brasileiro. Os gols de Danilinho e Réver colocam o Galo novamente na ponta da tabela, com 31 pontos, já que o Vasco havia vencido o Botafogo e dormiu na liderança, com 29, de quarta para quinta-feira.
Danilinho gol Atlético-MG (Foto: Pedro Vilela / Futura Press)Com um futebol envolvente e rápido, os comandados de Cuca conquistaram a sétima vitória consecutiva, e o Galo, a cada partida, se consolida ainda mais como verdadeiro candidato a uma vaga na Libertadores e, possivelmente, o título da competição. O Santos, bastante desfalcado e sem as estrelas Neymar e Ganso, atuou como time comum, com Muricy Ramalho abusando dos jogadores de marcação. O Peixe volta à zona de rebaixamento, com apenas dez pontos, na 18ª colocação.


Na próxima rodada, o Galo vai até o Rio de Janeiro, onde encara o Fluminense, domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão. No mesmo dia, o Santos recebe a Ponte Preta na Vila Belmiro, a partir das 18h30m.
A equipe de Muricy Ramalho contava com muitos desfalques e, com uma linha defensiva de cinco jogadores, chegando a seis, se virava para conter as investidas atleticanas logo nos primeros minutos. O jogo começou movimentado até que, aos 13 minutos, o bandeirinha José Carlos Dias Passos chamou para si a responsabilidade de anular um gol de Jô após lançamento primoroso de Ronaldinho Gaúcho. O árbitro apitou, mas o auxiliar assinalou impedimento inexistente do atacante do Galo.


O tempo era inimigo do Atlético-MG, amplamente favorito por conta do bom momento e, claro, devido às ausências do adversário. A impaciência da torcida por conta da arbitragem parecia ser transmitida para a equipe mineira, que errava no posicionamento e ficava constantemente em impedimento.


O Santos quase aproveitou para estragar a festa da torcida do Galo. Aos 37, Bruno Peres aproveitou desvio de cabeça e conseguiu acertar o travessão. O lance parece ter acordado os donos da casa, que retribuíram na trave de Aranha após chute do lateral-direito Marcos Rocha, quase sem ângulo, dois minutos depois.


E se precisava de algo diferente para agitar ainda mais os torcedores, o Galo fez. Depois de boa jogada do volante Pierre pela direita, Marcos Rocha foi pela esquerda e cruzou para Danilinho chutar e soltar o grito de gol no Independência. Foi o quinto gol do meia, que tornou-se artilheiro do time na competição.


A revolta dos atleticanos com a arbitragem era tão grande que alguns torcedores do Galo no estádio não gritaram gol, mas xingaram bastante o trio do apito. O placar parcial fez justiça à equipe que tomou a iniciativa desde o início da partida.
Mais um
Na etapa complementar, o placar favorável tranquilizou o Galo, que começou arrasador. Danilinho e Bernard perderam boas chances de ampliar o marcador ao chutar rente à trave de Aranha. E o Galo teve mais um gol anulado de forma polêmica. Bernard completou para o gol um passe de Marcos Rocha. Ele estava na mesma linha da zaga, mas Roberto Braatz invalidou o lance.
Muricy resolveu mudar, e João Pedro deu lugar ao atacante Victor Andrade. A intenção do treinador do Peixe era povoar mais o ataque santista, já que Bill lutava sozinho contra a defesa do Galo.


Mas o líder do Campeonato Brasileiro mostrou que vive em estado de graça. Marcos Rocha, responsável direto pelo primeiro gol, roubou a bola de Léo, foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Leonardo Silva. Aranha defendeu, e a bola sobrou para Réver empurrar para as redes. Delírio no Independência. O jogo seguiu com o Galo perdendo chances no contra-ataque, e o Santos, esporadicamente, tentando sem sucesso chegar ao gol de Victor.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Kaká fica fora de amistoso um dia após reunião a portas fechadas

Kaka Real madrid reunião (Foto: Reprodução As.com)

O meia Kaká não vai jogar o amistoso desta terça-feira contra o Oviedo, que serve como início da preparação do Real Madrid para a temporada. A decisão do “corte” foi de última hora, uma vez que o brasileiro integrava a lista de 23 jogadores relacionados para a partida até a manhã desta Terça-feira.
A ausência de Kaká, que treinou normalmente no dia anterior e não tem qualquer tipo de lesão, chama a atenção, principalmente após a conversa que o meia teve com José Mourinho nesta segunda-feira. A reunião, segundo a imprensa espanhola, pode ser um sinal que o meia esteja de saída do clube.
Segundo as informações do diário "Marca", os objetivos de Kaká, que deixou o Santiago Bernabéu - local do encontro desta segunda - sem dar declarações, não seriam os mesmos que Mourinho teria em mente para ele e, por conta disso, uma eventual transferência ainda não poderia ser descartada.
A imprensa espanhola diz ainda que as duas partes conversaram também sobre o possível interesse de um clube da MLS (liga norte-americana) por Kaká, e Mourinho inclusive teria sugerido ao brasileiro que aceitasse a proposta.
Os 23 jogadores que viajam para Oviedo são: Adán, Jesús y Pacheco (goleiros), Varane, Fabinho, Nacho, Mateos, Casado, Ríos, Iván (defensores), Granero, Lass, Mosquera, Álex, Juanfran, Denis, Lucas, Callejón, Álvaro López, Di María (meias), Higuaín e Morata (atacantes)

Sport 1 X 4 Atlético-MG

Com direito a belos gols e jogadas de efeito, o Atlético-MG fez valer a condição de líder do Campeonato Brasileiro e bateu mais uma vítima: goleou o Sport, na Ilha do Retiro, por 4 a 1. Foi a quinta vitória em seis jogos fora de casa do time comandado pelo técnico Cuca, que chega aos 28 pontos. A equipe pernambucana, de Vágner Mancini, está na 12ª colocação, com 12 pontos.


Com campanha irregular e precisando da vitória em casa, Vágner Mancini apostou num esquema ousado contra o Atlético-MG, apesar de a equipe visitante liderar o Brasileirão e ter a melhor campanha fora de casa. Escondendo a escalação até o último minuto, o treinador mandou a campo um esquema parecido com o 4-3-3, com Marquinhos Gabriel, Felipe Azevedo e Gilberto no ataque, e Felipe Menezes funcionando como meia ofensivo. O próximo adversário do Galo será o Santos, quinta-feira, às 21h, no Independência. O Sport joga um dia antes, no Moisés Lucarelli, contra a Ponte Preta.


Pelo lado alvinegro, Cuca também fez mistério antes de o jogo começar, mas resolveu mandar a campo a equipe que vinha sendo titular, com a volta de Jô ao comando do ataque e com Guilherme perdendo a vaga para Danilinho. Dessa forma, o Galo jogava no 4-5-1.
sport x atlético-mg (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Bem definidos taticamente, Sport e Atlético-MG procuravam espaços para jogadas ofensivas, mas as marcações encaixadas não permitiam que os ataques criassem chances de gol. Com os dois times bem armados, a troca de passes rápidas e precisas foi fundamental para o gol sair. Cicinho, que já vestiu a camisa do Galo, tocou para Felipe Azevedo na direita, o atacante devolveu já dentro da área para o lateral que cruzou rasteiro. A bola ia cruzando a pequena área, mas Gilberto chegou de carrinho para colocar o time da casa na frente: 1 a 0.

Como vem sendo nos jogos deste Brasileirão, o Atlético-MG mostrou autocontrole e não sentiu o gol sofrido. Pelo contrário. Em desvantagem, se organizou melhor e passou a ser mais presente no ataque. E sete minutos depois veio o empate. Bernard deu linda arrancada pela esquerda, levou para o meio e deu ótimo passe para Ronaldinho. O meia dominou, mas deixou a bola escapar, já dentro da área. Na hora do chute ele foi abafado pelo defensor e também por Magrão, mas para sorte do Galo, a bola sobrou limpa para Danilinho, que tocou com categoria para deixar tudo igual.

Ao contrário do que ocorreu com o rival, o Sport sentiu o gol, juntamente com sua torcida. Já o time mineiro passou a dominar as ações ofensivas e até poderia virar. Após boa trama no ataque, Bernard cruzou na cabeça de Jô, que, livre, perdeu chance incrível.

Bernard comanda a virada
Os dois times voltaram sem alterações para a etapa final. Mas, diferentemente dos minutos iniciais da partida, foram com mais ímpeto para o campo de ataque, mesmo sem grande criatividade. A primeira chance veio com Danilinho, após ótima troca de passes alvinegra. 

Com o jogo equilibrado, Mancini resolveu mexer. Apesar de ainda não ter atingido nem um terço da etapa final, resolveu abrir ainda mais a equipe, que já atuava com três atacantes. Ele sacou Marquinhos Paraná para a entrada do atacante Gilsinho. Com isso, o Sport ficou apenas com Tobi como homem de marcação no meio-campo.

Coincidência ou não, o Galo conseguiu a virada logo depois, aos 14 minutos. A bola estava no campo de ataque do Sport, quando Marquinhos Gabriel caiu pedindo falta. O árbitro Paulo César Oliveira mandou seguir. Junior Cesar tocou para Bernard, que deu lindo passe em profundidade para Ronaldinho Gaúcho. R49 ficou no mano a mano com Edcarlos e só na ginga chegou até a área com o defensor cercando. Com um toque, ele limpou Edcarlos e bateu no canto esquerdo, sem defesa para Magrão.
O Gaúcho voltou a marcar com bola rolando e colocou fim a um jejum que vinha desde o dia 18 de fevereiro, quando balançou a rede na vitória do Flamengo sobre o Resende. Desde então, Ronaldinho só vinha fazendo gols de pênalti.
sport x atlético-mg (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Em desvantagem, Mancini voltou a mexer na equipe. Desta vez ele trocou um lateral por outro, sacando Cicinho para a entrada de Moacir. Alguns vaiaram a alteração e muitos aplaudiram o lateral substituído. Mais uma vez, Mancini mostrou que não estava num dia de sorte, já que o terceiro gol do Galo saiu em jogada de Bernard em cima de Moacir. O garoto arrancou, ameaçou o cruzamento duas vezes e deixou o lateral para trás. Na hora em que cruzou, colocou a bola na cabeça de Jô, quarto gol dele no Brasileirão. Esta foi a senha para que a torcida do Leão se revoltasse e chamasse o treinador de burro.

E se o garoto Bernard já vinha tendo atuação soberba, com participação nos três gols, coroou sua noite com uma pintura. Ele deu entre as pernas de Reinaldo e tocou para Danilinho. Magrão saiu para abafar e a bola sobrou para o camisa 11. Na entrada da área ele viu o posicionamento do goleiro que voltava e mandou por cima. A bola morreu no ângulo direito, golaço na Ilha do Retiro.

A partir daí, parte dos 18.262 torcedores presentes começou a deixar o estádio. Quem ficou passou a vaiar e xingar alguns jogadores, como Edcarlos, além de Mancini. Muitos também gritaram pelo volante Hamilton, afastado do grupo pelo treinador. Com o placar consolidado, o Atlético-MG tocou a bola esperando o apito final.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Vasco 2 X 0 Santos


O sábado começou com más notícias para o Vasco, que confirmou as saídas de Fagner e Diego Souza, negociados. À noite, entretanto, a torcida encontrou motivos para sorrir. O time recebeu o Santos, em São Januário, e não teve dificuldades para vencer o rival, que tem jogado desfalcado de seus maiores craques, Neymar e Ganso, que estão a serviço da Seleção olímpica. Douglas e Alecsandro fizeram os gols da vitória cruz-maltina pelo placar de 2 a 0. A partida foi válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o Vasco chegou a 26 pontos e se manteve em segundo lugar, a dois pontos do líder Atlético-MG, que também neste sábado goleou o Sport na Ilha do Retiro por 4 a 1.
- Estamos sabendo jogar as partidas. São todas totalmente diferentes. Contra o São Paulo (vitória por 1 a 0) foi uma, hoje foi outra. Estamos mantendo a humildade de marcar e tendo a qualidade para fazer o melhor - disse Alecsandro, artilheiro do Brasileiro (sete gols).
O Peixe, por sua vez, segue na 14ª colocação, com modestos dez pontos. O time continua sem conseguir sequer fazer gol nos jogos fora de casa neste Brasileirão.
- Não podemos reclamar, porque a gente não se preparou bem. Tinham de ter chegado mais jogadores. Estamos pagando por isso e temos de levantar a cabeça porque temos um ano todo pela frente - avaliou o técnico Muricy Ramalho.
Sem poder mais contar com Diego Souza e Fagner, negociados, o técnico Cristóvão Borges promoveu a estreia de Auremir na lateral direita do Vasco. No setor de criação, Carlos Alberto ficou com o lugar do antigo camisa 10 ao lado de Juninho. Wendel e Nilton formaram a dupla de volantes. Felipe, com dores no joelho esquerdo, foi vetado da partida.O Vasco volta a campo na próxima quarta-feira. O time faz o clássico contra o Botafogo, no Engenhão. No dia seguinte, o Santos visita o líder Atlético-MG, em Belo Horizonte.
Bola parada decide
No lado do Santos, as ausências de Neymar e Ganso, que estão na Seleção olímpica, assim como o goleiro Rafael, pesaram. O Peixe teve em campo o jovem Felipe Anderson com a função de criar. O ataque foi formado por Dimba e Miralles. A dificuldade para chegar perto do gol adversário foi muito grande.
Nos minutos iniciais, o Vasco tratou logo de impor seu ritmo. Carlos Alberto, após cruzamento de Eder Luis, por pouco não abriu o marcador, aos 3.
Alecsandro gol Vasco x Santos (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do vasco)
A defesa santista, que não poderá contar mais com o lesionado Edu Dracena até o fim do ano, teve Bruno Rodrigo ao lado de Durval no miolo de zaga. E foi numa engrossada do substituto de Dracena que o Vasco tirou o zero do placar. Após cobrança de escanteio, o zagueiro do Peixe foi tentar afastar, furou e viu a bola bater nele e ficar limpa, na pequena área, para Douglas. O vascaíno encheu o pé e correu para o abraço.
Em vantagem, o time da casa continuou dono do jogo ao longo de todo o primeiro tempo. Os santistas, sem ligação alguma entre defesa e ataque, não tiveram um lance de perigo sequer até o intervalo.
O Vasco poderia ter ampliado em ao menos duas oportunidades. Numa delas, Douglas obrigou Aranha a fazer uma boa defesa. No rebote, o mesmo Douglas tocou para o meio da pequena área. Carlos Alberto tentou empurrar para a rede de voleio, mas furou. Já perto do fim da primeira etapa, Juninho, em cruzamento que mais pareceu um chute, viu Aranha se esticar todo para mandar a bola para escanteio.
Alterações pouco melhoram o Peixe
Eder Luis Vasco x Santos (Foto: Márcio Alves / O Globo)

Na volta para o segundo tempo, o técnico Muricy Ramalho tentou dar novo gás ao time do Peixe. Ele sacou o atacante Miralles para lançar Victor Andrade, também homem de frente. O Santos, entretanto, não teve tempo para experimentar o novo panorama da partida. Logo aos 2 minutos, a equipe sofreu o segundo gol. Após escanteio batido por Juninho antes do primeiro pau, Alecsandro apareceu para desviar de cabeça e fazer a festa da torcida vascaína. Foi o sétimo gol do atacante, artilheiro isolado do Brasileirão.
Com dois gols de desvantagem, o Santos tentou, ainda que timidamente, buscar mais o ataque. O time, entretanto, seguiu com dificuldade para assustar o rival. O primeiro lance de perigo em todo o jogo só aconteceu aos seis minutos: Adriano bateu falta de longe, uma bomba, e Fernando Prass teve de se virar para espalmar.
Aos 14, Muricy fez sua segunda alteração na partida. O atacante Dimba deu lugar ao meia ofensivo João Pedro. O andamento do jogo, porém, pouco mudou. O Peixe, embora tentasse, não conseguia levar perigo ao gol de Fernando Prass.
No lado do Vasco, a primeira substituição se deu aos 20 minutos. Cristóvão Borges tirou Carlos Alberto e lançou o atacante Pipico. Os vascaínos puxaram o freio de mão na partida e até permitiram que o Santos se arriscasse à frente. Felipe Anderson, em penetrações pelo lado esquerdo, chegou a levar algum perigo. Numa delas, rolou a bola rasteira, para o meio da área, mas ninguém apareceu para concluir.
Mesmo com o ritmo mais baixo, o Vasco não deixou de assustar o Peixe nos lances de bola parada. Todo escanteio causava calafrios à defesa santista. A partir dos 30 minutos, Cristóvão tratou de queimar suas últimas alterações. Fellipe Bastos, já com a situação regularizada, voltou ao time no lugar de Wendel. Depois, Diego Rosa entrou na vaga de Juninho, que deixou o campo aplaudido.
Daí para o fim, a partida se arrastou quase sem emoções. A se destacar apenas uma boa arrancada de Eder Luis, pelo lado direito da área, mas o goleiro Aranha estava atento e segurou o chute do atacante vascaíno. No fim, festa da torcida em São Januário.